Quando se pensa em “ciência”, muitos ainda associam a área e os seus inventos a figuras masculinas. Essa exclusão ou baixa visibilidade feminina se dá pelo fato de que, por décadas, as meninas não tinham acesso às mesmas oportunidades e, principalmente, à educação.
O Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência bate exatamente nesta tecla. Serve para falar que a participação das mulheres é mais forte do que se imagina e que elas possuem um papel fundamental em diversas inovações que impactam a nossa vida hoje.
Quer saber mais sobre o assunto, a sua importância, quem são essas cientistas e como o MundoMaker age para incentivar e levar a educação para todas as pessoas? Continue lendo até o final!
Como e quando surgiu a data?
Instituída pela UNESCO em conjunto com a ONU, a data foi celebrada pela primeira vez em 11 de fevereiro de 2016. A iniciativa partiu da necessidade de estimular o acesso e a participação igualitária na ciência.
Isso porque, segundo uma pesquisa feita pela Organização na época, em 14 países o número de mulheres graduadas na área de ciências é metade do que o de homens. Outro relatório revelava que apenas 28% dos pesquisadores no mundo eram mulheres.
A Unesco aponta que esses dados se dão pelo fato de que as meninas possuem menor alcance a investimentos, a redes de estudo e cargos de alto escalão. Fatores que influenciam no baixo interesse e na falta de conhecimento da existência dessa área e suas vertentes.
7 anos depois… O que mudou?
Após 7 anos da primeira celebração, elas continuam sendo minoria no meio. Apesar disso, em 2022, a ONU reforçou que meninas e mulheres devem ter garantido o direito de desenvolver o potencial de serem cientistas e agentes de inovação do futuro.
O secretário-geral da Organização falou, inclusive, que é vital contar com a perspectiva feminina para assegurar que a ciência e a tecnologia funcionem para todos. Exemplo disso está nas descobertas feitas pelas mulheres até então.
Diversos medicamentos, invenções e pesquisas tiveram a assinatura de figuras femininas. Essas conquistas, por vezes minimizadas, estão vindo a público aos poucos. Como a presença de uma brasileira – Márcia Barbosa; física especializada em estruturas complexas da molécula de água – na lista de sete cientistas que moldaram o mundo, segundo a ONU.
Por que é importante incentivar a participação feminina na ciência?
A falta de estímulo para que meninas e mulheres explorem o seu talento e sabedoria em prol de descobertas que contribuem com o planeta, caracteriza em perdas drásticas a todos. Quanto mais mentes pensantes em prol do combate às ameaças sociais e climáticas, melhor.
O incentivo pela presença feminina em áreas como tecnologia, física, engenharia, matemática e outras colabora também com o fim da discriminação entre os gêneros, bem como de estereótipos direcionados à capacidade das mulheres.
Para inspirar e aproximá-las de carreiras voltadas à ciência, podemos apresentar a elas quem são as pioneiras no meio e os seus feitos que ajudaram a transformar o mundo. Conheça algumas dessas mulheres importantes para a história:
Tu Youyou: química-farmacêutica que investiga o tratamento da malária numa técnica enraizada na medicina chinesa antiga. Em 2015, ela e dois colegas receberam o Prêmio Nobel de Fisiologia ou Medicina. Sua descoberta salva vidas todos os dias.
Kiara Nirghin: com apenas 22 anos, já criou um polímero superabsorvente que retém mais de 100 vezes sua massa, potencialmente revolucionando a conservação da água e mantendo plantações saudáveis mesmo na seca. Vencedora do Google Science Fair 2016.
Katherine Johnson: matemática que contribuiu diretamente com a exploração espacial dos Estados Unidos no século passado. Seus cálculos levaram os primeiros astronautas americanos à órbita terrestre.
Marie Curie: sua pesquisa sobre radioatividade determinou a base para a ciência nuclear, sendo aplicada em raios-X, radioterapia para tratar câncer e muito mais. Foi a primeira mulher a ganhar o Prêmio Nobel e a primeira pessoa a ganhar dois prêmios Nobel em categorias diferentes: física e química.
Como incentivar a presença de meninas nas ciências?
Os incentivos devem começar na infância, para que as meninas criem interesse na área desde a fase em que a criatividade está borbulhando na mente. Selecionamos algumas formas de encorajar e introduzir a ciência na vida de uma possível nova geração cientista.
- Mostre que eles podem fazer a diferença
Os jovens querem mudar o mundo e, quando a ciência e a tecnologia são o caminho, eles compreendem que têm o poder de transformar os problemas da sociedade.
- O elogio é indispensável
Um estudo da Science, realizado em 2017 com meninas e meninos, mostrou que, aos 6 anos, as garotas já estão convictas que os garotos são mais espertos que elas. Por isso, elogiar seus feitos, esforços e descobertas é fundamental para demonstrar confiança nelas.
- Dispense competições
Não diga “faça melhor que ela”, mas sim “junte-se a ela e criem algo incrível”. Competições contribuem no aumento da discriminação e disputas entre mulheres. Ensine as meninas a se fortalecerem unidas.
- Promova experiências reais
Quanto mais visual e palpável, melhor será para estimular o interesse em desenvolver suas habilidades e seguir na carreira científica. As crianças aprendem melhor fazendo em workshops e laboratórios.
O MundoMaker introduz a ciência (de verdade) na vida dos jovens
Seguindo a sugestão do último tópico, entendemos que a garotada aprende de verdade quando coloca a mão na massa.
Diante disso, estamos comprometidos em incentivar a participação de meninas e meninos em projetos de ciência tecnológicos, divertidos e criativos.
Descubra como a cultura maker e as nossas atividades estão transformando a educação!
Fontes:
https://curiosidad.3m.com/blog/pt/5-maneiras-de-incentivar-meninas-na-ciencia/
https://www.editoradobrasil.net.br/como-incentivar-mais-meninas-na-ciencia/
https://news.un.org/pt/story/2020/02/1703791
https://news.un.org/pt/story/2022/02/1779502