O mundo todo está encantando com as duas atletas brasileiras nos Jogos Olímpicos de Tóquio – também pela história de vida das competidoras, que tem forte influência de valores presentes na cultura maker
As madrugadas e manhãs aqui no Brasil têm sido de fortes emoções. Com a realização dos Jogos Olímpicos de Tóquio (#Tokyo2020), algumas cenas que acontecem durante as competições estão ficando eternizadas na mente dos brasileiros.
Exemplo disso são as conquistas de duas medalhas de prata, em categorias distintas, mas que causaram emoções semelhantes – no skate feminino, com a Rayssa Leal; na ginástica olímpica, com Rebeca Andrade – que ainda levou o ouro no salto.
O Blog do Mundo Maker faz um convite para um olhar mais detalhista sobre a trajetória dessas duas atletas – toda vitória deve ser celebrada, com certeza, estamos falando das Olimpíadas (!!!). Mas, é inegável que, para alguns competidores, o caminho percorrido diz muito sobre o resultado final – e você vai entender como a cultura maker trabalha esses pilares, desde os primeiros passos na vida estudantil.
Um conto de fadas sobre um skate
A jovem Rayssa Leal, skatista de apenas 13 anos, natural de Imperatriz, no Maranhão, apesar da pouca idade, já tem uma história de vida impressionante.
É impossível não relacionar sua biografia ao advento das tecnologias digitais. Um vídeo seu, ainda criança, com uma fantasia de fada, executando manobras ousadas sobre um skate, viralizou por meio de uma rede social de vídeos.
Para ser mais específico, uma ferramenta que hoje já nem existe mais, o Vine, mostrou a pequena fadinha para o mundo – após viralizar nacionalmente, o post recebeu um compartilhamento de ouro, do próprio Tony Hawk, o mais influente skatista do globo terrestre.
A fama online se converteu em oportunidades no esporte. A partir daí, o que aconteceu foi uma evolução constante que culminou com o segundo ponto mais alto do pódio mundial da categoria.
Foi fácil? Foi automático? Nada disso, o caminho da fadinha foi trilhado com muita luta, persistência, dificuldades e determinação. O resultado? Conquistas!
Rebeca contra tudo e contra todos
Nem a infância difícil, nem as dificuldades financeiras e sociais, nem as barreiras físicas. Nada foi suficiente para interromper a caminhada da ginasta Rebeca Andrade, que recebeu a prata no individual geral.
Aos 22 anos, a jovem humilde de Guarulhos (SP) teve turbulências em todas as etapas de sua existência. A última delas, foi assustadora: uma grave lesão em 2019 – o caso a levou a uma terceira cirurgia no joelho.
Ela venceu mais essa. Venceu muito mais! E o resultado: a prata no individual geral e, posteriormente, o ouro no salto, sob aplausos emocionados de todo o planeta!
O que aproxima essas jornadas da cultura maker
Por definição, a cultura que compõe a essência do Mundo Maker é reconhecida por incentivar nos estudantes o estímulo ao aprender fazendo.
Esse protagonismo é valorizado pelas habilidades que, literalmente, o fazem colocar a mão na massa e, a partir dessas atividades, buscar a resolução de problemas e elaboração de projetos.
Na prática, esse tipo de rotinas também incentivam outros pilares importantes, na forma de competências socioemocionais. Dentre elas estão a criatividade e autonomia. Mas, também, coexistem outros pontos importantes para a vivência desses alunos, como a persistência, a resiliência e a empatia.
Observar a forma como as atletas Rayssa e Rebeca enfrentaram as dificuldades e, com genialidade, buscaram os caminhos vitoriosos com excelência, superando os mais diversos e difíceis adversários, é uma prática inspiradora.
A cultura maker aplica, nas coisas mais simples, a busca da persistência e da determinação. Ingredientes fundamentais para todo tipo de conquista no longo percurso que ainda vem pela frente.
O Mundo Maker parabeniza as duas atletas citadas neste artigo, bem como toda a equipe do Time Brasil nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020.