Quando se pensa em design, provavelmente a primeira palavra que vem à sua cabeça é “criatividade”, certo? Agora, imagine levar esse pensamento para diversas áreas da vida. Esse é o Design Thinking, termo que faz menção direta ao modo de pensar do designer, cuja base é a liberdade e a linha de raciocínio não-linear – chamado em inglês de “fuzzy front end”, traduzido como “linha de frente da inovação”. Trocando em miúdos, é o que chamamos popularmente de “pensar fora da caixa”.
A proposta é que esse jeito de raciocinar não seja exclusivo desses profissionais mas, sim, que possa ser exercido por qualquer pessoa. Essa ideia tem atraído cada vez mais a atenção de empreendedores, uma vez que a abordagem criativa frente aos problemas que podem surgir no meio empresarial ajudam a resolver questões de maneira mais efetiva. O Design Thinking permite que se encare situações de diversos ângulos, assim como prioriza o trabalho em equipe, entendendo que, para resolver os mais diversos reveses, é necessária uma maior integração entre equipes multidisciplinares.
A boa notícia é que os seres humanos são intuitivamente design thinkers, e foi essa forma de observar o mundo e gerar novas soluções que nos permitiu evoluir de civilizações primitivas ao que somos hoje. Para entender melhor como essa abordagem funciona, enumeramos as fases do processo de Design Thinking:
1) Imersão
Como o nome indica, é baseada na profunda observação de uma questão, a partir da qual se coleta informações sobre o objeto a ser considerado antes de se planejar um projeto. O objetivo é entender o problema proposto e, depois, identificar quais são as necessidades a serem resolvidas, bem como as oportunidades que daí podem ser geradas – o que será de grande ajuda nas próximas fases do projeto.
2) Análise e Síntese
Com os dados coletados na imersão, todos os envolvidos se reúnem em uma conversa com o grupo envolvido no projeto. O objetivo é deixar que os insights surjam livremente, pois só depois isso será organizado. Aqui, é fundamental compartilhar as observações e as anotações feitas com sua equipe.
3) Ideação
É aqui que o famoso brainstorming é feito. Nessa fase, todos os participantes apresentam suas ideias por meio de palavras ou desenhos. Vale ressaltar que essa ainda não é uma etapa de seleção, então, o que realmente conta é a quantidade de ideias apresentadas – quanto mais, melhor. O ideal é que elas sejam geradas através das análises e das sínteses feitas na segunda fase.
4) Prototipação
Essa é a etapa em que as ideias saem do abstrato para se tornarem mais tangíveis. Daí seu nome: é preciso criar protótipos, ou seja, implementar os conceitos em pequena escala, para torná-los mais concretos. Isso possibilitará que uma ideia possa ser analisada por outras pessoas da equipe, passando por um processo de validação e se tornando cada vez mais refinada.
5) Evolução
Mesmo depois do projeto já ter sido criado e definido, ainda é necessário pensar nas próximas etapas relacionadas à sua realização e implementação. É preciso evoluir constantemente. Para tanto, monitora-se o projeto constantemente, buscando sua efetivação e aperfeiçoamento. Muito bacana, não?