Conceitos e exemplos práticos da importância do papel dos professores como mediadores nas dinâmicas presentes na cultura maker
Antes de tratar das práticas dos educadores como mediadores no processo maker, é interessante entender um pouco mais da essência desse conceito no contexto educacional.
Este artigo do Blog do Mundo Maker refere-se a uma mediação que vai acontecer no panorama em que, desde a nossa fundação, objetivamos atuar.
Aqui estamos nos referindo ao conceito de Universo Maker. Em linhas gerais, precisamos partir da premissa de que o mundo como conhecemos hoje, em sua faceta artificial, ou seja, não aquilo que surgiu naturalmente, foi completamente construído por alguém.
Em outras palavras, se o modelo atual foi completamente construído sob determinadas intenções, a proposta da Cultura Maker é a de intervir com novos direcionamentos e, assim, construir um outro mundo!
Educadores como mediadores
Trazendo um exemplo da chamada “escola tradicional”. Existe aí uma tendência de foco mais voltado ao conteúdo.
Em uma situação prática: o professor em sala de aula trabalha como tema “Velocidade Média”.
Na lousa, são colocadas as fórmulas, frações e contas matemáticas. Em sua fala, exemplos práticos, que mostram como isso se desenvolve no planeta em que vivemos: nos automóveis, navios etc.
Do ponto de vista de quem leciona, uma aula bem aplicada e completa, traz a satisfação por oferecer os mais diversos caminhos à classe.
No entanto, do ponto de vista do estudante, nem sempre essa é a realidade. Talvez a relação entre os números no quadro e a vida cotidiana, não seja algo tão fácil e, principalmente, atrativo.
O professor e o processo maker
Colocando agora o que seria uma rotina mais adequada ao processo maker.
O mesmo docente chega em frente à classe e anuncia que o tema da aula de Física será, “Velocidade Média”.
A primeira atitude, no entanto, é tirar todo mundo da sala de aula e mandar para a quadra esportiva.
No ambiente externo, as crianças são incentivadas a correr, percorrendo trajetos diferentes e modelos diferentes de atividades.
Dali em diante, são chamados a ocupar uma sala ou espaço maker (caso a escola tenha). Neste segundo espaço, serão convidados a construir carrinhos, com motores, rodinhas, tampinhas de garrafa etc.
Surge a proposta de se apostar uma corrida: a fita crepe é utilizada no chão da sala para construir verdadeiros autódromos improvisados.
Durante essa dinâmica, os conceitos emanam, de forma natural, entre os participantes. Fala-se em distância e, em seguida, em tempo: “Em quanto tempo determinado carrinho percorreu tal distância?”
E assim, de forma comparativa, surge a possibilidade de levar para o conteúdo, em forma de reflexão sobre tudo aquilo que aconteceu.
Esse é um exemplo prático e perfeitamente aplicável dos educadores como mediadores da cultura maker. Gostaram? Acesse o nosso site conheça a proposta do Mundo Maker.