A Prefeitura de São Paulo se adiantou à definição da Base Nacional Comum Curricular e lançou um novo currículo para as escolas de ensino fundamental da rede municipal. O documento traz novidades com relação à diretriz nacional, como uma sequência de conteúdos de tecnologia, objetivos que envolvem a identidade de gênero e material de apoio com sugestões didáticas ao professor. O currículo entra em vigor já no ano que vem, com o desafio na formação dos professores.
“Qualquer alteração na base ou se percebermos que algo não funciona na sala de aula, vamos adaptar. É um processo de construção permanente. O melhor é que definimos o tipo de aluno que a cidade quer formar”, declarou Alexandre Schneider, secretário de Educação da gestão João Doria.
O currículo é dividido por disciplinas: língua portuguesa, matemática, história, geografia, ciências naturais, arte, educação física, língua inglesa e tecnologias para a aprendizagem. Essas áreas são organizadas em torno de uma Matriz de Saberes, que dialoga com as chamadas competências socioemocionais, como empatia, colaboração, comunicação e pensamento crítico. Também compõem o currículo temas específicos da cidade de São Paulo, como imigrantes e rios que cortam as regiões do município.
Os alunos terão aula de robótica a partir do 1° ano. A Prefeitura irá implantar em todas as EMEFs os laboratórios de Educação Digital, orientados para o trabalho colaborativo, incluindo robótica, linguagem de programação e cultura maker. O projeto piloto foi inaugurado em novembro no CEU Pêra Marmelo (veja aqui), com o apoio da Fundação Lemann e do MundoMaker. Participamos da concepção e implementação dos espaços do LED e da capacitação dos POIEs (professor orientador de informática educativa).
Como é hoje, sem o currículo, cada escola segue um livro didático diferente e que, por sua vez, apresenta uma ordem singular das matérias. Nesse sentido, a diretriz municipal trará sugestões de trabalho na sala de aula. Coordenadores e professores receberão material de apoio com propostas de sequências didáticas. Alunos também terão material de apoio, ancorado da mesma forma no currículo municipal.
Fontes: Folha de S.Paulo e G1